A primeira vez que visitei um terreiro de Umbanda, fui para conhecer, mas tinha muitas dúvidas sobre a realidade da incorporação. Quem acompanha a minha história já sabe, né? Logo na primeira consulta, recebi revelações estonteantes sobre a minha vida.
Sai do terreiro com um elefante atrás da orelha...
Anos depois, como médium, vivi o outro lado da moeda. Era iniciante e, como todo médium, inseguro.
Era um trabalho de preto-velho e uma moça sentou-se para tomar o passe. O Velho aplicou o passe com calma e perguntou se ela gostaria de falar alguma coisa.
Ela disse:
- Eu não acredito em incorporação. Acho que é você [falando para mim] quem está falando agora.
Na hora, gelei.
Contudo, a reação que se seguiu e que tendia a atrapalhar o trabalho não foi o medo, mas a raiva. Em poucos segundos, pensei: o que diabos está fazendo aqui, então?
No entanto, eu já estava no processo crescente de confiança frente a todos os feedbacks positivos que estava recebendo. Controlei o nervosismo e em poucos segundos, o processo fluiu novamente.
O Velho olhou-a com bondade e perguntou se tinha tempo.
Respondeu que sim. Então, pediu que se sentasse ao seu lado e que acompanhasse os demais atendimentos. A moça aceitou.
Um a um, os consulentes foram atendidos. Ao final, o Velho virou-se e perguntou:
- O que achou, minha filha?
- Incrível – foi o que a moça respondeu.
A gira terminou e nunca mais a vi. Porém, ali aprendera uma lição: confia!
Entrega nas mãos dos guias e segue fazendo o seu melhor, é o que eu diria hoje a quem passasse pelo que passei anos atrás. Todo mundo tem seu tempo, inclusive, os céticos.
Leonardo Montes
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