A #Umbanda é uma das religiões mais abertas que conheço, pois aposta em um processo consciencial e não castrador. Isto é, ao invés de estabelecer uma lista de proibições referentes a comportamentos/atitudes, a proposta da religião é bem diferente, visando esclarecer as consequências de nossos atos, para conosco e com o próximo, deixa ao encargo da consciência de cada um o caminho a ser trilhado...
Cada um vive como quer, faz o que quer e, naturalmente, encara as consequências, boas ou ruins, de suas próprias escolhas. Contudo, este processo não deve ser visto como indiferença e, sim, como educativo. A aposta da Umbanda é que a educação espiritual mude o ser, mas deixa a ele a escolha do caminho a ser trilhado.
Certamente, é desejável que todos nos esforcemos para viver fora do terreiro tudo que aprendemos nele. Contudo, isto nem sempre é possível. Cada um está em um grau evolutivo e age, portanto, de acordo com a sua consciência. Nem por isto, contudo, as entidades deixam de ensinar ou mostrar o bom caminho, entretanto, o adepto é sempre senhor do próprio destino.
Assim, a vida que o médium leva fora do terreiro diz respeito apenas a ele, a seu processo consciencial e ao caminho por ele escolhido, pois o caminho da dor ensina tanto quanto o caminho do amor, apenas dá mais voltas e é mais perigoso, mas chega ao mesmo destino...
A exceção, claro, fica por conta de atitudes extremadas que coloquem o médium em risco ou coloquem a casa em risco, neste cenário, certamente tal comportamento inviabilizaria qualquer oportunidade de trabalho construtivo.
Contudo, desde que o médium evite tais extremos e seja capaz de, no mínimo, cumprir o resguardo e dedicar-se com fé ao seu trabalho espiritual, mesmo que tenha a vida toda torta, ele será capaz de realizar a sua gira.
"Não são os que têm saúde que precisam de médico, mas sim os doentes. Eu não vim para chamar justos, mas os pecadores". Marcos 2:17
Leonardo Montes
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