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Eventualmente, recebíamos a visita do pequeno
Miguel. Contava ele com quatro anos de idade quando o vi pela primeira vez.
Acolhido por todos, agitado, não parava quieto. Corria pelo terreiro inteiro,
mexia em tudo.
A espiritualidade já havia alertado sua mãe
sobre o espírito que habitava aquele corpinho: ele tinha uma missão mediúnica
grandiosa e a família deveria apoiá-lo.
Desde cedo os dos mediúnicos do garoto foram
percebidos, especialmente, a vidência e a audição espiritual. Em termos
infantis, sempre falava dos amiguinhos com quem brincava, do vovô e da vovó que
apareciam, daquele homem feio, etc.
A família tinha conhecimento sobre mediunidade
e frequentava o terreiro esporadicamente, mas a mãe sentia muito receio em
deixá-lo seguir este caminho... Temia por seu futuro, por sua felicidade, uma
vez que a mediunidade exige uma vida de renúncia e sacrifícios.
Novos alertas da espiritualidade, novos temores.
Certa noite, ao fim dos trabalhos de
desobsessão, manifestou-se uma senhora, muito amável, pedindo para dar um
recado à mãe do garoto. Pediu-lhe, com muito carinho, que não impedisse a vida
mediúnica do pequenino e que, ao contrário, o apoiasse com muito amor.
Revelou - a senhora comunicante -, que no
passado havia sido esposa do espírito que, agora, se chamava Miguel. Explicou
que durante algumas vidas ele havia suplicado as bençãos do trabalho
espiritual, contudo, em todas elas, fracassou... Chegava à Terra cheio de esperanças,
mas se perdia entre as preocupações do mundo, agravando cada vez mais o seu
quadro...
Havia reencarnado, agora, em tarefa redentora,
trazendo faculdades mediúnicas que o colocariam, no futuro, em grande
evidência.
Ao fim do trabalho, quase em sussurro, a
entidade suplica:
- Deixe-o ser médium...
Obs.: Certamente, a entidade não queria o
desenvolvimento precoce da criança, mas que a mãe não o afastasse do terreiro
para que, na hora certa, a mediunidade despontasse e, desta vez, ele pudesse
cumprir a sua tarefa.
Leonardo Montes
Leonardo Montes
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