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Fomos chamados a
prestar socorro a uma velha senhora vitimada por Alzheimer e que parecia sofrer
uma terrível obsessão espiritual.
Um médium mais
experiente se propôs a dar-lhe passes já que, semi-acamada, tremia de frio sob
dois cobertores em dia extremamente quente. Seu estado era estranho: tremia de
frio e parecia dormir profundamente. Entretanto, às vezes, respondia alguma
pergunta ou comentário que fazíamos.
Tão logo o médium
terminou os passes, fomos embora.
No caminho de volta,
a filha da senhora começou a questionar o referido médium sobre o que se
passava com sua mãe. Algo relutante, ele disse ter ouvido a voz de um espírito
que lhe assistiu durante o passe, dizendo: perdoai todos os abortos praticados.
Essa informação chocou a todos, mas nem tanto a filha que se lembrava de ter ouvido
algumas histórias estranhas sobre sua mãe, muitas décadas atrás...
A partir de então, a
equipe espiritual da nossa casa assistiu a velha enferma em sua aflição. Tão
logo possível, as entidades nos informaram que, de fato, ela estava sendo
vítima de obsessão por conta de um casal de gêmeos que havia abortado na
juventude.
Espantados, soubemos
que ela praticou alguns abortos e ajudou muitas outras jovens a abortarem
também, por meio de chás especiais feitos com ervas que favoreciam o crime.
Todos os espíritos já a haviam perdoado, exceto esses dois.
Ambos passaram a se
manifestar frequentemente na reunião de desobsessão que realizávamos. Um deles demonstrava
muita afeição à filha da senhora e pudemos explorar esse sentimento em favor
dele mesmo, mostrando que, ao prejudicar a mãe, ele também prejudicava a filha,
por quem nutria afeto. Ao cabo de alguns meses, conseguimos convencê-lo do erro
em que incorria e ele terminou por não mais persegui-la.
O outro, porém,
permaneceu obstinado em seu propósito de vingança.
Tudo que foi possível
fazer em favor da velha enferma foi feito. Inclusive, diversas vezes
conseguimos afastar esse obsessor que sempre retornava em algumas semanas.
As mudanças, contudo,
eram visíveis.
Quando o afastávamos, ela não dormia tão profundamente, o frio
intenso passava, ela sorria, brincava, conseguia sair da cama. Mas, se ele se
aproximasse, ficava nervosa, reclamava de tudo, sentia muito frio.
Por fim, a
Espiritualidade Superior decidiu que a permanência dela no corpo e naquele
estado obsessivo era o melhor para o momento. Começaria, ali mesmo, a pagar
pelos erros cometidos em seu passado, a expiar a falta cometida contra aquele
espírito que seria seu filho e que nutria um ódio difícil mesmo de mensurar.
Foram cerca de três
anos de trabalho e assistência, passes e defumações, até que finalmente o
obsessor se afastou para destino incerto que não nos fora revelado e, finalmente,
a velha senhora pôde ter um pouco de sossego...
Era a lei do retorno
em ação...
Leonardo Montes
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