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Existe um hábito, algumas
vezes inocente, nascido do sincero desejo de ajudar, outras vezes, da
indiscrição desmedida, que leva alguns médiuns a procurar o consulente após a
gira para perguntar o que ele achou do atendimento ou se o encontra fora do
terreiro, pergunta se seguiu as orientações do guia, se fez corretamente os tratamentos,
etc.
Não faça isso!
Ainda que a intenção
seja boa e que você pergunte por legítimo interesse fraternal pela pessoa, o resultado
é um só: as pessoas ficam arredias, desconfiadas e não se sentem mais à vontade
em conversar com seus guias, uma vez que, após a gira, você se recordando das
conversas, acabou faltando com a ética em se meter em um assunto que era entre
o guia e o consulente e não entre você e o consulente.
A consciência durante o
transe mediúnico é uma dádiva da espiritualidade para que o médium, se
recordando do que foi dito, em maior ou menor grau, use o conhecimento obtido
para melhoria de si mesmo e não para que dê prosseguimento a consulta como se
agora fosse ele quem devesse atender.
Se o consulente,
voluntariamente, procura o médium, pedindo-lhe ajuda e esclarecimento, este
poderá atendê-lo e orientá-lo da forma mais breve possível, deixando claro que
a conversa foi com o guia e que ele, como médium, é apenas um instrumento, pedindo
que aguarde até a próxima gira para que possa, efetivamente, retomar o assunto
com o guia.
O médium que se mete na
conversa dos seus guias, quase sempre, cai em perigoso animismo, pois não
exercita a separação entre as personalidades e muitas vezes, no afã de ser o
próprio guia, só que encarnado, enfia os pés pelas mãos e acaba em descrédito
perante todos.
A mediunidade é
simples, nós que a complicamos.
Leonardo Montes
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