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Muitos ignoram que o mundo espiritual, embora presidido
por leis sábias do Criador, exige imenso trabalho dos espíritos comuns. Assim,
todo trabalho espiritual é sempre um corre-corre de espíritos buscando dar o
melhor de si mesmos na edificação de tempos novos para a humanidade...
Naquele dia, porém, a atmosfera estava diferente. Era um
trabalho de psicografia, tão comum a dezenas de outros já presenciados. As
cartas vieram, uma a uma, trazendo alegrias e conforto aos familiares
presentes. Tudo dentro da normalidade, se não fosse um inesperado visitante.
Vindo, talvez, de altas esferas espirituais, um
mensageiro divino desceu e trouxe uma palavra de estímulo e confiança aos
trabalhadores espirituais e aos espíritos na carne, como nós.
A sua mensagem, em tudo, muito simples, tão comum a
tantas outras que nossos orientadores já nos disseram dezenas de vezes. Em nada
se diferenciava, a não ser pela sublime assinatura que surpreendeu a todos.
Posteriormente, os espíritos nos narraram o que se
passou, mais ou menos nesses termos:
- Ao fim do trabalho, vimos uma luz descer do alto com um
brilho tão intenso que nenhum espírito ali presente conseguia olhar
diretamente. Os mais inferiores tiveram mesmo que sair do recinto, pois não
conseguiam suportar aquela claridade. Mesmo os mais elevados mentores que
conduziam o trabalho curvaram a cabeça em respeito, mas também por não
conseguirem olhá-la diretamente. O visitante esforçou-se o quanto pôde para
ocultar a própria luz, mas mesmo assim, ainda era forte demais para ser
encarada.
O nome dessa veneranda entidade, bastante conhecida em
todo o Brasil, ocultarei. Peço desculpas aos nossos leitores que talvez se
aborreçam com isso. Dizê-lo causaria, a meu ver, apenas contenda, de modo que
me parece mais acertado simplesmente informar que se trata de um dos maiores
trabalhadores do evangelho em nosso planeta.
Bom, surpresos? Na verdade, todos ficamos!
Achamo-nos sempre pequeninos demais para merecer esta
graça.
Um mensageiro do alto entre nós, numa reunião tão
simples? Absurdo, disseram alguns... Mas, será mesmo? Não prometeu Jesus que
onde houvessem pessoas reunidas em seu nome ele ali estaria?
Bom, não era Jesus, mas um trabalhador da sua vinha, um
espírito que escreveu uma carta muito simples, dando-nos ânimo e coragem em
lições que há tempo conhecíamos e em que ele se destacou por tê-las cumprido com
honra e mérito.
Leonardo Montes
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