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Certa vez, um preto-velho e uma preta-velha
conversavam sobre os suicidas. A preta mostrava-se muito sensibilizada pela
condição de sofrimento dos irmãos que recorrem ao próprio extermínio quando
pediu à espiritualidade superior para ir ao “Vale dos Suicidas”, a fim de
auxiliá-los.
Os maiores autorizaram.
Tão logo chegaram naquela atmosfera densa e escurecida,
onde diversos espíritos rastejavam pelo chão, gritando loucamente, parecendo
vagar a esmo, um se destacou.
Pendurado numa árvore próxima, cuja vida
parecia ter sido levada há tempos, um homem de aparência cadavérica agonizava
tentando arrancar a corda do seu próprio pescoço. A corda estava presa a um
galho que balançava conforme a brisa gélida...
Diante daquele quadro de horror, a bondosa preta-velha
não pensou duas vezes e libertou o homem.
Caído de joelhos ao chão - num esforço
grandioso por respirar - e demonstrando intensa agitação física e psíquica, a
Vó mobilizou recursos magnéticos de reconforto. Em instantes, a agitação cessara.
Lentamente, o homem parecia recobrar suas
forças. Arrancou a carda do pescoço, recuperou o brilho no olhar, mirou-a e
disse:
- Por que você fez isso?
Surpreendida, a Vó só teve tempo de dizer:
- Pensei que suncê queria ajuda, que tava
sofrendo...
Nesse instante, o homem se levanta e diz:
- Não! Deixa-me aqui, quieto! Minha família é
um desgosto, minha vida foi uma desgraça, não tenho nada pelo quê lutar... Minha
vida é tão ruim que me enforcar é meu maior prazer!
Atônitos, os Velhos viram aquele homem recobrar
o aspecto enlouquecido em sua face e, lentamente, andar de costas, subir a
árvore, amarrar a corda em seu próprio pescoço e pular novamente como se
quisesse se matar uma outra vez.
Entristecidos, ambos compreenderam que os
desígnios de Deus são sábios e que todo sofrimento tem a sua razão de ser e
que, um dia, ele também seria ajudado, embora ainda houvesse chegado a sua hora...
"Entre os endurecidos, não há somente Espíritos perversos e maus. Há muitos que, sem procurar fazer mal, ficam para trás por orgulho, indiferença ou apatia. Não são menos infelizes por isso, pois sofrem tanto mais com sua inércia quanto não têm por compensação as distrações do mundo; a perspectiva do infinito torna sua posição intolerável, e, no entanto, eles não têm a força nem a vontade de sair disso. São aqueles que, na encarnação, levam essas existências ociosas, inúteis para eles mesmos e para os outros, e que muitas vezes acabam por se suicidar, sem motivos sérios, por desgosto da vida." O Céu e o Inferno - Allan Kardec
Assim me contou o Pai Cipriano...
Leonardo Montes
excelente abordagem , porém acredito que o suicida terá , talvez, uma ou várias chances para se recuperar desse transtorno emocional,sem necessidade de sofrer no após morte.
ResponderExcluirSaudações fraternais Léo, peço sua licença para compartilhar com os irmãos do centro Espirita ao qual faço parte. Realizamos um trabalho de vibrações aos Espiritos de suicidas uma vez ao mês, e gostaria de levar essa estória para ser contada na reunião.
ResponderExcluirTe agradeço desde já.
Raphael Laurencio do Nascimento
Saudações fraternais Léo, peço sua licença para compartilhar com os irmãos do centro Espirita ao qual faço parte. Realizamos um trabalho de vibrações aos Espiritos de suicidas uma vez ao mês, e gostaria de levar essa estória para ser contada na reunião.
ResponderExcluirTe agradeço desde já.
Raphael Laurencio do Nascimento
Com prazer!
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