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Uma
pessoa me perguntou:
-
É um problema para a Umbanda o fato de haverem pessoas homossexuais, travestis,
transexuais?
E
eu lhe respondi com tranquilidade:
-
Não, nenhum.
E
não respondi como quem teoriza de longe, mas como quem já dividiu espaço no
terreiro com pessoas de diversas orientações sexuais, nunca tendo recebido, por
parte das entidades, qualquer tipo de restrição neste sentido.
Quando
uma pessoa chega num terreiro, ninguém pergunta a sua crença, classe social, viés
político, time de futebol, por que a sexualidade de alguém interessaria a
outro?
Este
é um assunto íntimo, interessando apenas a própria pessoa.
A
Umbanda olha o ser humano e é por esta razão que não há qualquer relação entre
a orientação sexual de alguém e o fato dela ser médium ou cambone numa casa.
Então,
esta pessoa me perguntou:
-
Mas, e se alguém que nasceu homem e hoje se veste e se define como mulher for
convidado a trabalhar num terreiro, ele vestirá saia ou calça cumprida?
Antes
de responder, deixe-me explicar uma coisa.
É
tradição, na Umbanda, que os homens usem calça cumprida e as mulheres saia, por
isso a pergunta, cuja resposta foi:
-
Se a pessoa se sentir mulher, usará saia.
Ela
pode ter nascido biologicamente homem, mas se hoje se apresenta como mulher,
usará saia.
Este
é apenas um detalhe, pois não são as calças e saias que importam. A roupa é
apenas parte de uma indumentária que tem a sua razão de ser dentro de um ritual...
Porém, o mais importante é a pessoa, o ser humano!
A
sexualidade é da conta de um: seja hetero, homo, trans, não importa!
As
entidades apenas nos alertam sobre os perigos de uma sexualidade
desequilibrada, perturbada, sempre nos concitando à harmonia, independentemente
da nossa orientação sexual.
É
claro que estes assuntos são tabus para a maioria das religiões, mas posso
assegurar que, para a Umbanda, é um assunto bastante simples, como exposto
acima.
Leonardo
Montes
Parabéns pelo comentário. Se todas as religiões tratassem desta forma o assunto o mundo seria melhor. Mais amor e menos intolerância. Quando será que entraremos no mundo da regeneração?
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