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Certa
vez o Velho me disse:
“Não
adianta as pessoas chegarem aqui chorando se, por dentro, estão morrendo de rir...
A gente sabe”.
Ali
concluí duas coisas.
A
primeira é que as entidades conseguem penetrar fundo em nossa vida mental,
sabendo a verdade sobre o que pensamos, embora verbalmente possamos dizer outra
coisa...
A
segunda é que, por incrível que pareça, muita gente mente nos atendimentos
espirituais.
O
que leva as pessoas a mentir?
São
muitas razões, embora, quase sempre, a mais comum seja a conveniência na narrativa
dos fatos.
Não
se vê muita gente disposta a se desnudar e a assumir, perante as entidades, as
faltas cometidas em seu dia-a-dia, sendo mais fácil “comer pelas beiradas”, sem
se expor tanto...
Lembro-me
de uma senhora que comparecia aos trabalhos (e digo comparecia, pois não comparece
mais) e que sempre pedia ajuda em relação a sua família.
As
entidades, com uma paciência de fazer inveja, ouviam, aconselhavam,
direcionavam...
Certo
dia, porém, o Velho me disse:
-
Veja, ela está reclamando da família, mas ela é quem faz um inferno na família.
-
Mas, ela está mentindo? Perguntei...
-
Ela se acostumou tanto a se vitimizar que já não faz mais distinção entre o que
de fato acontece e o que ela imagina. Ela quase sempre culpa os outros dos erros
que ela mesma comete...
Era
um caso de mentira crônica...
Porém,
quem lhe ouvisse as lamentações, certamente ficaria tentado a mover céus e
terras para auxiliá-la. É neste ponto que precisamos ter cuidado.
Por
esta razão, todo trabalhador de terreiro deve procurar sempre manter os olhos e
ouvidos bem abertos, evitando tomar partido de causas sem ponderar com
tranquilidade, pois pode acabar comprando “gato por lebre”.
Leonardo
Montes
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