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Embora os guias sejam
bons amigos com os quais podemos contar sempre, não devemos transformar nossa
relação para com eles em petitórios infinitos ou em dependência enfermiça, pois
a vida compete àquele que está na matéria e, embora os guias aqui estejam para
nos orientar, eles não podem tomar decisões que nos cabem.
Quando a pessoa se
inicia na Umbanda, é muito comum o deslumbramento. A possibilidade de conversar
com as entidades é algo que fascina, encanta. É comum, também, que as conversas
se transformem em uma relação terapêutica onde se busca conselhos e orientações
sobre a vida.
Com o passar do tempo,
porém, o desejável é que desenvolvamos autonomia, dependendo cada vez menos das
entidades, isto é, inclusive, sinal de maturidade espiritual.
Chega um ponto da nossa
jornada em que já recebemos tantos conselhos que não há mais sentido em ficar
perguntando as mesmas coisas para as entidades que, normalmente, darão sempre
as mesmas respostas...
Conforme amadurecemos
na relação com o espiritual, nossa independência deve aumentar, pois teremos
condições de decidir nossos caminhos de maneira consciente e livre e não mais
na dependência de um outro ego (no caso, dos guias).
Entretanto, há pessoas
que nunca amadurecem.
Pessoas que conversam
com as entidades hoje como conversavam dez anos atrás, sempre com as mesmas
queixas, os mesmos assuntos. Assim, embora o tempo tenha passado, essas pessoas
continuam mentalmente tão frágeis como quando pisaram no terreiro pela primeira
vez.
Para elas, o contato
com os guias transformou-se numa relação de co-dependência, onde tudo necessita,
antes, da aprovação dos guias. Vai comprar um novo carro? Os guias têm que
aprovar. Vai mudar de casa? Os guias têm que concordar. Resolveu sair do
serviço? Os guias têm que carimbar, etc.
Mas, a vida pertence a
quem? Os guias estão aqui para viver por nós ou para nos ajudar a viver melhor?
É claro que devemos ouvir
as entidades, o que não devemos é perder a autonomia sobre nossa própria vida!
Afinal de contas,
depois de alguns anos de contato com os guias, todos estaremos mais do que
cientes sobre tudo que nos compete fazer para cumprirmos as nossas obrigações
neste plano, restando apenas colocar em prática os anos de conselhos recebidos.
Leonardo Montes
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