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Este é, seguramente, um
tema polêmico e, por esta razão, deixo claro que tudo que escrevo são apenas e
tão somente as minhas opiniões, nada mais do que isso.
Cosplay é uma palavra
em inglês que significa “representação de personagem a caráter”, ou seja,
quando alguém se veste como um personagem de filme, novela, série, etc.
Existem, inclusive,
muitos encontros deste segmento no Brasil...
Na Umbanda,
tradicionalmente, o uniforme de trabalho é apenas a roupa branca. Com o passar
do tempo, porém, as vestimentas coloridas e elaboradas, foram se espalhando, de
modo que hoje são bastante comuns.
Começou de forma
simples, uma “corzinha aqui e outra ali” e hoje o que se vê, em muitos lugares,
é uma caracterização que lembra tudo, menos terreiro...
O que chamo de “cosplay
de Umbanda”, entretanto, é a caracterização excessiva e abusiva do que
supostamente seria a aparência e/ou vestimenta da entidade no próprio médium.
Exemplo:
Um médium que trabalha
com uma pombagira e que, para isso, usa vestido, passa batom, sombra nos olhos,
etc.
Por estes dias vi um
tipo de vídeo que há tempos não via: uma limosine chegando com uma entidade
“incorporada” (e aqui realmente as aspas é um sinal de boa-vontade da minha
parte...) e o que se passou em seguida foi uma espécie de baile de debutante...
É certo que esses
abusos e exageros não se restringem apenas a esquerda, mas também a outras
linhas, como a dos ciganos (por esses tempos conversei com uma mulher que, para
receber a cigana, foi em um salão de beleza fazer o cabelo e a maquiagem) se
apresentando no terreiro com maquiagem de fazer inveja em youtubers e purpurina
pra todo lado (e, claro, como não podia faltar, com direito a fotos e vídeos
nas redes sociais) ...
No meio de tanto luxo e
fantasia, eu me pergunto: onde estarão, verdadeiramente, as entidades?
Ao invés de nos
travestirmos “das entidades”, não seria mais interessante buscarmos incorporar
os valores que elas trazem consigo? Por que eu desejo parecer, externamente, com
o que imagino ser a aparência de uma entidade, se o que importa é o que sou,
por dentro?
Enfim...
Leonardo Montes
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