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Já tivemos a
oportunidade de estudar, neste blog, a razão pela qual os guias manipularam o
álcool nos trabalhos espirituais, bem como a diferença entre o uso religioso e
o uso recreativo do mesmo.
Contudo, desta vez,
vamos refletir sobre o uso do álcool pelo umbandista, seja ele médium ou
cambone.
A primeira coisa que
precisa ficar claro é que a religião nada proíbe. Logo, não existe o
pré-requisito “não beber” para fazer parte da Umbanda ou mesmo para desenvolver
a mediunidade.
O que as entidades
recomendam é equilíbrio e moderação no consumo da bebida alcoólica e, se
possível, que seja evitado.
Ainda assim, contudo,
muitos umbandistas exageram. Sejam em festas, baladas ou no churrasco de
domingo, muitas pessoas consomem álcool de maneira excessiva, com diversas
consequências:
1. O
álcool possui uma energia muito poderosa. Quando a pessoa bebe excessivamente,
essa energia perturbará o seu sistema nervoso, causando a famosa embriaguez;
2.
O
trabalhador espiritual, por natureza, precisa ser uma pessoa com a energia mais
limpa possível, logo, se ele se embriaga constantemente, estará sempre com suas
energias físicas e espirituais enfraquecidas e, portanto, terá sempre uma
incorporação mais difícil, terminará os trabalhos excessivamente cansado (às
vezes, não aguentando sequer chegar ao fim da gira), entre tantos outros
problemas;
3.
O
médium é alguém que, naturalmente, recebe e emite energia com maior facilidade,
logo, se ele fica embriagado, sofre os impactos das energias nocivas,
produzidas por ele, pelo ambiente ou pelos espíritos perturbadores ao seu
redor, com muito mais intensidade que uma pessoa “não-médium”;
4.
A
partir do momento em que o médium ingere álcool, seus chakras se tornam
completamente desalinhados, impossibilitando qualquer incorporação de seus
guias (assim, aqueles que bebem e incorporam, quando muito, estão apenas
fingindo ou estão irradiados com espíritos obsessores... Porém, INCORPORAÇÃO
bêbado, simplesmente, não acontece);
Enfim, poderia listar
tantos outros problemas e inconvenientes decorrentes do abuso do álcool, contudo,
gostaria de chamar atenção sobre o seguinte:
Parece ser cada vez
mais comum a aceitação social do uso de álcool. Recentemente, estive em uma
pizzaria que, por alguma razão, permitiu a entrada de um rapaz visivelmente
alcoolizado.
Ele estava acompanhado
por sua família e durante todo o tempo em que lá esteve, deu trabalho. Ria
escandalosamente, gritava, mexia com os garçons, derrubou copos e, o mais
incrível, a família parecia achar graça no ocorrido.
Haviam crianças com
eles que presenciaram aquela cena que, tudo indica, não deve ser rara. Fiquei
pensando: que belo exemplo para essas crianças!
Recentemente, ouvi uma
garota de 13 anos dizer:
- Nesse carnaval, quero
beber até cair!
A maioria das pessoas
que conheço faz uso de álcool e não veem nenhum problema nisso. Não frequentam
botecos, não caem pelas ruas, mas bebem muito em casa...
Sei que o texto está
ficando longo, mas quero relatar uma experiência que me marcou.
Durante o estágio de
psicologia, atendi um senhor com uma história de vida que daria um belo livro e
que vou resumir.
Ele começou a trabalhar
muito jovem numa grande empreiteira, como auxiliar de pedreiro. Naquele tempo,
era costume entre os operários, no campo, tomar uma dose de cachaça para “abrir
o apetite”. Ele nunca havia bebido e de tanto insistirem, acabou
experimentando.
Assim, por anos, antes
do almoço, ele passou a tomar uma pequena dose de cachaça.
Fez amizade com um
topógrafo que lhe ensinou o ofício, ganhando logo em seguida uma promoção. Tornou-se
topógrafo profissional, com muito prestígio na empresa onde trabalhava.
Com o passar do tempo,
uma dose já não bastava, necessitando tomar um pouco mais. Percebeu que se não
tomasse todo dia pelo menos um copo de cachaça, não conseguia coordenar os
movimentos finos das mãos para fazer os mapas da empresa.
Assim, todo dia, ele
tomava um copo de cachaça. Nem mais, nem menos, durante 20 anos.
Não bebia em festa, não
consumia cerveja, não bebia em nenhuma outra situação...
Quando ficava muito
tempo sem ingerir álcool, começava a tremer e, com isso, receava perder o
emprego. Passou a levar a bebida escondida numa garrafa de café e sempre que
podia, bebia.
Um dia acabou sendo
descoberto e foi demitido por justa causa.
Ele possuía um ótimo
salário, filhos na universidade, um casamento duradouro e feliz, entretanto,
tudo começou a desmoronar... Ele não conseguiu um emprego à altura do que
desejava e acabou gastando todas as economias. Tendo mais tempo em casa, passou
a beber o dia todo.
A esposa resistiu por
um tempo e depois acabou terminando o relacionamento.
Ele foi para a rua. Na
rua, se envolveu com uma mulher e acabou contraindo HIV. Quando soube do
resultado, desiludiu-se ainda mais da vida e virou andarilho. Foi quando o
conheci, albergado numa instituição para portadores do vírus HIV aqui na
cidade.
Atesto que esta
história é real e deixou bastante claro para mim os perigos de uma pequena dose
de álcool...
Segundo o site
Organização Pan-Americana de Saúde, essas são as principais informações que as
pessoas devem saber sobre uso de álcool:
·
Em
todo o mundo, 3 milhões de mortes por ano resultam do uso nocivo do álcool,
representando 5,3% de todas as mortes.
·
O
uso nocivo de álcool é um fator causal para mais de 200 doenças e lesões.
·
Em
geral, 5,1% da carga mundial de doenças e lesões são atribuídas ao consumo de
álcool, conforme calculado em termos de Anos de Vida Perdidos Ajustados por Incapacidade
(DALY, sigla em inglês).
·
O
consumo de álcool causa morte e incapacidade relativamente cedo na vida. Na
faixa etária de 20 a 39 anos, aproximadamente 13,5% do total de mortes são
atribuíveis ao álcool.
·
Existe
uma relação causal entre o uso nocivo do álcool e uma série de transtornos
mentais e comportamentais, além de doenças não transmissíveis e lesões.
·
Foram
estabelecidas recentemente relações causais entre o consumo nocivo do álcool e
a incidência de doenças infecciosas, tais como tuberculose e HIV/aids.
·
Além
das consequências para a saúde, o uso nocivo do álcool provoca perdas sociais e
econômicas significativas para os indivíduos e para a sociedade em geral.
Será que está na hora
de pararmos de achar normal alguém beber excessivamente?
Por fim, cabe dizer que
nunca conversei com uma entidade que incentivasse o uso do álcool, tendo
testemunhado, inclusive, dezenas de tratamentos espirituais com o objetivo de
amenizar os seus efeitos já que, do ponto de vista espiritual, as doenças
decorrentes do consumo excessivo de álcool que podem levar à morte são
consideradas formas de suicídio indireto.
Leonardo Montes
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