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Chegamos, finalmente,
ao fim deste estudo. Foram quase oito meses para sua produção, centenas de
páginas escritas com todo amor, carinho e conhecimento que possuo.
Daqui a alguns anos,
certamente, visitarei tudo novamente, lendo as páginas e analisando (como faço
com as reflexões), para ver se ainda mantenho o mesmo ponto-de-vista em relação
aos assuntos tratados. Quem sabe?
Caminhemos, portanto,
para o seu encerramento.
Literatura na Umbanda
A Umbanda cresceu de
forma caótica e a sua literatura também. A bem da verdade, quando comecei a ler
livros de Umbanda a impressão não foi positiva. Os autores não se entendiam
entre si, cada um falava uma coisa.
É por esta razão que eu
raramente mencionei algum livro de Umbanda neste estudo, não indicando a
literatura de nenhum autor, exceto os de cunho histórico.
Cada autor formou sua
compreensão tendo em vista o que aprendeu e vivenciou no terreiro. Como as
experiências foram plurais e diversas, a literatura também se tornou plural e
diversa.
Não conheço um único
autor cuja visão de Umbanda se aproxime do que vivenciei e aprendi em terreiro.
Assim, colhi contribuições aqui e ali, mas não posso apontar a vocês uma obra
de cunho doutrinário que pudesse resumir o que aprendi.
Aliás, foi por isso que
escrevi este curso...
Contudo, ao escrever
sobre Umbanda, eu também me insiro neste universo plural e diverso. Certamente,
muitas pessoas, ao correrem os olhos por estas páginas também discordarão de
mim, é natural.
Em relação aos autores
clássicos que porventura você esteja pensando, não os indiquei pelo seguinte:
Todos os autores de
Umbanda que li até hoje sofriam do mesmo problema: eles ofereciam a sua
visão sobre a religião como sendo a única, a melhor, a verdadeira, a correta
compreensão de Umbanda, quando deveriam ter oferecido apenas uma
compreensão, uma visão, não a única ou a melhor, etc.
Entretanto, por não
indicar algum livro, isto não quer dizer que eu não recomende a leitura dos
mesmos, pelo contrário, acho que todos que se interessam seriamente devem ler
tudo quanto puderem, mas deixo isso com vocês.
Eu apenas não os indico
como fontes doutrinárias complementares a este estudo, fontes que embasem a
visão que apresentei neste curso, exceto os livros de cunho histórico, como
estes:
1.
O Espiritismo, a Magia e as Sete Linhas de
Umbanda, de Leal de Souza;
2.
História da Umbanda – Uma religião brasileira, de
Alexandre Cumino;
3.
História da Umbanda no Brasil (toda a série), de
Diamantino Fernandes Trindade.
Literatura espírita
Muitos umbandistas
creem que a Umbanda não deva adotar a literatura espírita como parte de seus
fundamentos doutrinários. Entendem essas pessoas que a religião precisa de uma
literatura própria e alguns até se esforçam em produzi-la.
Contudo, penso que este
pensamento seja um erro.
Em primeiro lugar, foi
o próprio Caboclo das Sete Encruzilhadas, no regimento interno da Tenda
Espírita Nossa Senhora da Piedade, quem recomendou a leitura de três dos cinco
livros básicos de Allan Kardec:
Regimento interno da TENSP |
Em segundo lugar, por
que estas obras traduzem uma revelação do mundo espiritual aceita pelas
entidades na Umbanda. Negar isso, seria o mesmo que dizer aos protestantes
que, por discordarem dos católicos, eles devessem escrever uma nova bíblia...
O umbandista é
convidado a estudar estas obras que darão fundamento às suas práticas, por que o
Espiritismo é uma das vias de influência da religião, simples assim!
Aprenda a doutrina do
seu terreiro
Acima e, além de
qualquer autor, convém que o estudante de Umbanda não se esqueça de aprender a
doutrina do terreiro onde atua. De nada adianta conhecer autor A e B e não
conhecer os fundamentos da própria casa.
Com muita frequência se
esquece que o terreiro é uma verdadeira universidade do espírito e que muito se
aprende com as entidades, varrendo chão, ouvindo conselhos e orientações dos
mais experientes, etc.
Há pessoas que deixam
de aprender com as entidades para perguntarem a mim: não faça isso!
Mais importante do que
eu penso, do que autor A ou B pensam, é o que se faz onde você atua. Portanto,
esforce-se em aprender a doutrina do seu terreiro, para que você se torne um
trabalhador útil na casa onde Deus te chamou ao serviço espiritual!
Encerramento
Encerro este estudo
agradecendo a paciência e a natural compreensão das falhas, omissões ou mesmo
incongruências que os estudantes venham a encontrar neste material.
Trata-se - é preciso
lembrar -, de uma iniciativa simples, de uma pessoa simples, um médium como
qualquer outro e não um tratado de religião.
Por isso resolvi
publicá-lo em um blog, disponibilizá-lo posteriormente em PDF, gratuitamente,
para que todos que se interessem possam tirar algum proveito, sem pretensão de
infalibilidade, mas com desejo sincero e fraterno de oportunizar um
aprendizado proveitoso a todos, especialmente aos leigos e aos que se
simpatizem com esta maneira de ver e pensar Umbanda.
O estudo da religião é
imenso, aqui demos apenas alguns passos!
Leonardo Montes
Parabéns, Leo!
ResponderExcluirMuito obrigada pelos ensinamentos contidos no curso disponibilizado no blog. Foram de grande contribuição para nossos estudos!
Eu que agradeço. Fico feliz em saber.
ExcluirBom dia Léo Montes, eu mais uma vez agradeço pelo empenho caritativo de tornar esse conhecimento expresso em páginas e mais páginas ; eu só tenho que agradecer e aprendi bastante, fiz desse curso minha leitura matinal e aprendi bastante esse ponto de vista.
ResponderExcluirObrigado.
Grato!
ExcluirGratidão irmão! Agora acompanharei seus Podcasts, e abordagens dos temas que discorrem nossa querida Umbanda!
ResponderExcluirAprendi muito,e continuo aprendendo,Gratidão,por dividir,seu conhecimento conosco,e continue sempre assim;Humilde,Estudioso,aprendendo sempre,e dividindo,com Todos!!
ResponderExcluirFinalizei o curso agora. Estou fazendo um curso de desenvolvimento mediúnico e seu conteúdo contribuiu bastante com o meu crescimento. Axé irmão!
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