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No início dos meus estágios em psicologia, uma professora,
conversando com os alunos ávidos por iniciar os atendimentos clínicos, disse:
- Vocês verão que muitas famílias estão em dificuldade porque não conseguem assumir os seus papéis.
Ninguém entendeu muito bem e ela explicou:
- É pai se comportamento como filho, filho querendo ocupar
o lugar do pai, mãe querendo se comportar como filha, etc.
Aquilo fez muito sentido para mim e creio que agora deve
estar fazendo para você também.
Aliás, isso não se vê apenas na organização familiar, mas em
todos os setores da vida humana: é chefe se comportando como dono, é dono
agindo como se não fosse dono, é empregado querendo ser dono e por aí vai...
Em todo lugar vemos isso, não é?
No terreiro, não é diferente: é médium querendo ser dirigente,
é dirigente querendo voltar a ser médium de corrente, é cambone querendo ser
médium, é médium querendo ser cambone e por aí vai...
O que pouco se reflete, porém, é que cada um é chamado por
Deus para desempenhar um papel e, como diz aquele velho comparativo que corre
pela internet:
“Que seria do cérebro se não fossem os pulmões? Ou os
pulmões se não fosse o intestino? Ou o intestino se não fosse o fígado? etc.”
Quando as partes trabalham há harmonia no conjunto!
Se todos fossem médiuns de incorporação, quem seriam os “olhos
e ouvidos do terreiro?”, mas se todos fossem cambones, quem atenderia esta
multidão? E se todos resolvessem se tornar dirigentes, como ficaria? E se
ninguém quisesse ser dirigente, como o terreiro funcionaria?
Dentro de um trabalho espiritual cada um deve cumprir o
papel que lhe foi dado pela espiritualidade: nem mais, nem menos, apenas o seu papel!
A espiritualidade, sempre sábia, conhecendo nosso passado –
e prevendo nosso futuro – sabe o que necessitamos e, por isso, convida a cada
um de nós a assumir, na Terra, parte de um trabalho que, para funcionar,
precisa, impreterivelmente, de todas as partes funcionando igualmente!
É preciso, ainda, ter ciência de que estamos todos num Mundo de Provas
e Expiações e, portanto, somos todos “farinha do mesmo saco”, não sendo o
dirigente melhor que o médium ou o médium melhor que o cambone ou o cambone
melhor que o consulente: somos todos espíritos endividados buscando fazer algo
de bom com aquilo que a espiritualidade nos ofertou!
Portanto: não inveje a posição do outro! Frequentemente,
todos os lauréis que você o imagina coroado sejam apenas fantasias da sua
cabeça... A luta é igual para todos, os desafios são os mesmos para todos e se
quisermos buscar a felicidade, aprendamos esta lição: seja onde for, como for, cumpra o seu
papel!
Nem mais, nem menos do que isso.
E quando tivermos cumprido o nosso papel, a vida naturalmente se encarregará de direcionar nossos passos...
Leonardo Montes
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