MAGIA NEGRA

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Embora os estudantes de magia neguem o qualificativo “negro” aos trabalhos que visam o mal (isto é, aos trabalhos que vão contra as leis Divinas), afirmando que não existe magia negra, como não existe magia rosa, verde, etc., o fato é que, sim, magia negra existe.

A expressão magia negra não tem nada a ver com a “magia dos negros”, sendo utilizada pelas próprias entidades para descrever trabalhos espirituais que lidam com energias densas, trevosas, maléficas e que, por possuírem baixa vibração espiritual são de coloração escura e daí a origem do termo.

Muito me surpreende os magistas de hoje afirmarem que magia não tem cor... Certamente desconhecem os relatos dos médiuns videntes que enxergam, claramente, em trabalhos de cura, fluidos esverdeados pelo ambiente ou irradiações azulíneas em trabalhos de harmonização e equilíbrio...

Tudo vibra e emite cor e, portanto, magia tem cor!

O que dá cor a magia, naturalmente, é a intencionalidade do ato e as vibrações emitidas durante os trabalhos.

Felizmente, a maioria das pessoas que se definem como praticantes de magia negra ou “magos negros” não o são. Quando muito, são pessoas ingênuas e iludidas em relação à sua própria força, acreditando-se senhores onde não passam de escravos... Contudo, sim, existem alguns que são mesmo ligados a espíritos trevosos e capazes de usar toda a força espiritual que possuem para arrasar com a vida de alguém...

A Umbanda surgiu como uma linha de combate aos trabalhos de magia negra que estavam bastante em evidência no início do século XX (basta observar, igualmente, a crescente onda místico-magistica em fins do século XIX), pois a maioria dos interesses espirituais da época estava, justamente, em trabalhos que visavam a satisfação da própria vontade e, não raro, o combate ao outro.

E, ao contrário do que muita gente pensa, atuar diretamente no combate a magia negra não era atribuição dos exus e, sim, dos caboclos. Eles eram os verdadeiros “corta-demanda”, sendo muito eficientes em trabalhos dessa natureza. Aos exus cabia (como ainda cabe) o enfrentamento aos espíritos trevosos e a segurança espiritual dos médiuns e dos terreiros.

Neste sentido, a Umbanda foi chamada por muitos de “magia branca”, apesar das entidades preferirem, inicialmente, a expressão “linha branca”, isto por que a atuação das entidades se dava no sentido de limpar, descarregar, portanto, “clarear” o aspecto espiritual de alguém.

É importante deixar evidente que os termos aqui utilizados não têm nada a ver com a cor da pele e sim, repito, com a coloração das irradiações espirituais que tendem a ser mais claras (e não necessariamente branca) quando mais evoluídas e mais escuras (e não necessariamente preta) quando menos evoluídas.

É com base nesta observação espiritual das irradiações energéticas que surgiram os termos “magia branca e magia negra”.

Se uma pessoa procura um terreiro de Umbanda sofrendo por conta de trabalhos de magia negra, a primeira coisa que as entidades fazem é descarregá-la, o que nem sempre é possível realizar em apenas um trabalho, sendo mesmo um processo de limpeza e não um ato de limpeza, a fim de que, gradativamente, as energias negativas que estejam em seu campo áurico, por força do trabalho negativo recebido, sejam dissipadas lentamente para não causar grande abalo na saúde física, mental e espiritual do consulente.

Em seguida, as entidades prestarão auxílio moral, a fim de fortalecer o consulente, levando-o a compreender a importância da sua própria colaboração no processo de libertação a que está sendo submetido, a força da oração como o mais completo escudo protetor e a relevância dos pensamentos e sentimentos equilibrados para a manutenção da paz em si mesmo.

Podem receitar banhos, defumações, orações, enfim, toda uma gama de recursos cabíveis dentro da Umbanda.

É importante não perder de vista que, embora seja real a possibilidade de um trabalho negativo nos alcançar, é preciso admitir que só nos atinge por nossas brechas morais e emocionais. Se fôssemos firmes na fé, não seríamos atingidos... Por esta razão, o consulente precisa fazer a sua parte e não apenas esperar que a entidade faça um milagre por ele.

Conforme a origem do trabalho e os efeitos idealizados, bem como o tamanho das brechas morais do consulente, o tratamento adequado pode levar de algumas semanas a alguns meses para ser concluído. Neste terreno, ninguém pode, previamente, prescrever uma duração, pois o desfecho dependerá da motivação de quem fez a magia (que pode ser tentada novamente) e do desejo real e sincero do consulente em se livrar dessa carga.

Seja como for, a Umbanda tem muitos recursos para auxiliar quem passa por isso, embora não dá forma milagrosa e sem esforço, como muitos gostariam que fosse.

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