Tudo retém energia. Nossos
pensamentos e sentimentos são capazes de externar forças psíquicas que levam
parte da nossa energia ao nosso redor. É assim, por exemplo, que um objeto de
valor sentimental passa a ter parte da nossa energia retida nele e, a longo
prazo, ele se torna cada vez mais querido, haja vista o acúmulo de magnetismo exteriorizado nele.
O mesmo se dá em relação a
todos os ambientes.
Um dos grandes dramas dos médiuns novatos é compreender
que não dá para ser um bom médium, um bom instrumento da espiritualidade,
frequentando os mesmos lugares de antes.
Não quero dizer que o médium deva
se tornar um misantropo, mas se deseja viver em harmonia e equilíbrio deverá
evitar todos os ambientes energeticamente carregados. Assim, as entidades
sempre me recomendaram evitar: Motéis, bares, aglomerações, etc. Vou contar dois exemplos.
Eu residia numa casa próxima
de um bar. Por experiências anteriores, eu evitava a
todo custo entrar em um... Porém, estava muito quente e desejava tomar um
refrigerante... Era domingo, noite e não havia mais nada aberto ali por perto.
A sede foi mais forte, entrei
no bar.
Assim que dei o primeiro passo, tive a impressão de que o ar estava
pesado, denso, como se entrasse noutro ambiente. Haviam poucas pessoas ali,
comprei o refrigerante e voltei para casa.
Assim que entrei, minha esposa
disse:
- Nossa, que cheiro de cigarro!
Eu não senti nada, mas ela
afirmava sentir um cheiro forte de cigarro (não havia ninguém fumando no bar).
Algum tempo depois, observei que me tornara mais lento, meio
incomodado, mas logo passou.
Não fiquei mais do que alguns
minutos ali dentro, mas foi o suficiente para pegar alguma carga.
Talvez alguém diga: É questão
de sintonia, você pegou isso por que estava energeticamente vulnerável... Ok, é
verdade! Porém, quem não está? O princípio é válido e correto, mas quem é que
consegue manter-se o tempo todo em alto diapasão? Somos muito mais suscetíveis
às energias densas do que gostaríamos de admitir...
O outro caso é de um senhor,
médium, que trabalhava num motel.
Para todos os efeitos, ele era
apenas mais um funcionário da empresa... Porém, a medida que desenvolvia sua
mediunidade, sentia-se mais vulnerável, mais fraco e mais atacado.
Certa feita, queixando-se
disso ao chefe espiritual da casa, o mesmo lhe disse:
- Filho, mas olha onde você
trabalha...
A pessoa objetou, disse que era
o seu ganha pão, que ali era apenas um serviço como qualquer outro, ao que a
entidade respondeu:
- Eu sei, filho... Porém, você
precisa procurar outro lugar... A sua coroa está se abrindo e as energias não
se preocupam se você tem que trabalhar ou não... Elas estão aí, circulando e
vão afetar todo mundo, inclusive e, principalmente, você.
Eis, portanto, um fato que me
parece incontestável: Não dá para ser o mesmo de antes. Se o médium quer mesmo
servir, trabalhar e evoluir não precisará, repito, tornar-se um misantropo,
afastando-se da sociedade ou deixar de beber sua cervejinha costumeira... Porém, não dá para achar que pode entrar em qualquer ambiente carregado e sair
de lá livre, leve e solto como se não o influenciasse, pois certamente
influenciará.
Leonardo Montes
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