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Em seus princípios simples, o Caboclo das Sete
Encruzilhadas, através do seu médium, Zélio Fernandino de Moraes, estabeleceu
os fundamentos da prática umbandista, a começar por: A manifestação do espírito
para a prática da caridade!
A Umbanda, desde o seu nascimento, elegeu a moral cristã
como a base de todo o seu fundamento, o conhecimento espírita para
direcionamento da sua prática mediúnica e a religiosidade africana como parte
da sua cosmovisão. Três grandes forças da cultura brasileira se uniram para
formar um campo religioso propício a prática da caridade mediúnica com base nos
ensinamentos morais de Jesus.
Como religião “aberta”, ao longo do tempo, a Umbanda
absorveu influências de diversos movimentos que, antes de se antagonizarem,
apenas expressam a diversidade religiosa brasileira.
Mas, se a Umbanda só faz o bem, por que se acredita que ela
faça o mal?
Desde o seu surgimento, a Umbanda sofreu tremenda pressão
da religião dominante à época, com efusivas pregações contrárias ao seu
objetivo, espalhando o medo e a desconfiança no coração de seus fiéis.
Politicamente, sua vida também não foi fácil. Só a partir
da década de 1940 é que, em algumas capitais, foi possível registrar terreiros
em cartórios, pois a Umbanda não era considerada religião, coisa, aliás, que
ainda hoje vemos, basta pesquisar na internet…
Entretanto, toda essa difamação ganhou proporções épicas
quando, ao final da década de 1970, com o surgimento de diversas Igrejas
fundamentalistas, o preconceito religioso tomou vulto e todas as religiões
acabaram sendo atacadas, mas com especial obstinação na Umbanda e no Candomblé,
religiões de minorias, mas que, de alguma forma, pareciam incomodar
profundamente tais líderes religiosos…
Ao longo de mais de quatro décadas, com grande poder aquisitivo e
controle mediático, servindo-se de pregações públicas, jornais, rádio,
televisão e, mais recentemente, do YouTube, milhões de pessoas foram
influenciadas a acreditar que a Umbanda não apenas fazia o mal, como servia ao
diabo e as entidades que nela se manifestam eram simplesmente demônios
disfarçados.
É fácil imaginar o que quarenta anos de pregações negativas
possam fazer com o conhecimento popular.
A Umbanda foi colocada no rol das coisas ruins, diabólicas,
voltadas ao mal...
O fato, entretanto, é bem diverso.
A Umbanda não faz, nunca fez e nunca fará mal a ninguém. Se
algum dia, em algum momento, você ouviu o contrário, ou lhe contaram uma
mentira ou era algum desavisado que brinca em nome da religião. Coisa, aliás,
que existe em todas elas…
A Umbanda também não adora o diabo. Aliás, nem sequer crê
em sua existência...
Cremos que o mal existe no coração do homem que é, ainda,
um espírito fraco em franca ascensão espiritual, mas não aceitamos a existência
de uma entidade cujo poder equivalha ao de Deus.
Por consequência, as entidades que se manifestam na
Umbanda, tais como: pretos-velhos, caboclos, crianças, marinheiros, boiadeiros,
exus, pombagiras, etc., não são e nunca foram demônios. São espíritos, como
nós, em processo de evolução espiritual e que descem à Terra única e
exclusivamente para fazer o bem, auxiliar o próximo, prestar a caridade.
Surpreso com tudo isso?
Então, eu te convido a ter sua própria experiência.
Há diversos terreiros de Umbanda no Brasil, por que não
visitar um? As chamadas Giras Públicas são abertas a todos e são gratuitas,
onde qualquer um pode participar e ter sua experiência. Que tal?
Leonardo Montes
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