Imagem do google |
Quando visitei pela primeira
vez um terreiro de Umbanda, movido por curiosidade e interesse, intentava obter
uma prova, algo que me convencesse da realidade do fenômeno e que provasse que
as incorporações eram realmente verdadeiras.
Chegando minha vez para o
atendimento, a decepção: fui direcionado a um médium mais jovem que eu (imaginava que os de “cabeça branca” é que deviam ser os “bons”).
Assim que me coloquei à frente
do médium, incorporado pelo caboclo, após as saudações costumeiras, o mesmo me
disse:
- Sei por que você está aqui!
- Por quê? – Perguntei
surpreso e curioso.
- Você foi promovido no
serviço e tem receio que seus colegas de trabalho não te aceitem agora como
chefe deles...
Eu não me lembro de mais nada do
que a entidade disse.
Fiquei tão chocado com aquela
fala precisa que tudo o mais se perdeu. Olhei desconfiado para o médium, olhei
ao redor, pensando e perguntando a mim mesmo se ele ou alguém ali me
conhecia...
Não, ninguém me conhecia...
Eu trabalhava em uma empresa
na zona rural, bem distante da cidade onde resido e nenhuma daquelas pessoas me
parecia familiar. Além do mais, havia apenas uma semana que havia sido
promovido...
Das outras quatro vezes que
estive neste terreiro, em três eu obtive apontamentos bastante específicos que
me convenceram da realidade do fenômeno. Foi o suficiente para alimentar a
minha curiosidade e acender a chama que faria com que nos dois anos
seguintes eu buscasse mais informações.
Quando resolvi entrar para a Umbanda,
em 2015, novamente tive uma série de provas, que foram desde informações sobre
familiares desencarnados que eu mesmo desconhecia à queima de pólvora nas mãos
do médium incorporado.
O patrimônio de provas que as
entidades voluntariamente me ofereceram (e digo voluntariamente pois, apesar de
deseja-las, eu não as pedia) não tiveram apenas por efeito o meu convencimento pessoal,
mas o meu despertar e, principalmente, o incentivo ao trabalho mediúnico e de
divulgação das verdades espirituais que eu viria a realizar no futuro.
Muita gente da corrente não
entendia a razão pela qual as entidades me dedicavam tanto tempo e deferência.
Alguns chegavam a me olhar de cara feia, pensando em protecionismo exagerado
das entidades e outras tantas suscetibilidades humanas...
O fato, contudo, é que não se
tratava de nenhum privilégio... Era, antes, uma preparação!
As entidades reconheciam em
mim um potencial maior do que eu mesmo imaginava... Elas estavam, portanto,
investindo em mim, sabendo que, no tempo certo, eu haveria de dar frutos e, por
isso, me ofereceram tanto quanto puderam, sabendo do quanto eu necessitava.
Após a minha iniciação, as
provas continuaram a vir (até mesmo por mim mesmo, como médium), mas não com a
mesma frequência de antes. É compreensível: as entidades já haviam me mostrado o
caminho, cabia-me agora caminhar por ele!
Trago estas palavras (e
lembranças) para dizer a todos que sinceramente estão em busca de provas, que
nada será maior incentivo às entidades em lhe provar - sejam quais forem os seus
critérios -, do que seu próprio esforço, perseverança e boa-vontade em mostrar-se digno de tudo quanto deseja
receber.
E caso obtenha as provas que procura,
não as deixe cair no esquecimento, pois se algo aprendi neste caminho, é que
normalmente a nossa fé é tão fraca que podemos obter uma tonelada de provas
hoje, mas se daqui alguns meses não as obtivermos, acabamos por questionar a
certeza que, até ontem, tínhamos...
Leonardo Montes
Deixe um comentário
Postar um comentário
Os anos de internet me ensinaram a não perder tempo com opositores sistemáticos, fanáticos, oportunistas, trolls, etc. Por isso, seja educado e faça um comentário construtivo ou o mesmo será apagado.