OBTENDO PROVAS!

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Quando visitei pela primeira vez um terreiro de Umbanda, movido por curiosidade e interesse, intentava obter uma prova, algo que me convencesse da realidade do fenômeno e que provasse que as incorporações eram realmente verdadeiras.

Chegando minha vez para o atendimento, a decepção: fui direcionado a um médium mais jovem que eu (imaginava que os de “cabeça branca” é que deviam ser os “bons”).

Assim que me coloquei à frente do médium, incorporado pelo caboclo, após as saudações costumeiras, o mesmo me disse:

- Sei por que você está aqui!

- Por quê? – Perguntei surpreso e curioso.

- Você foi promovido no serviço e tem receio que seus colegas de trabalho não te aceitem agora como chefe deles...

Eu não me lembro de mais nada do que a entidade disse.

Fiquei tão chocado com aquela fala precisa que tudo o mais se perdeu. Olhei desconfiado para o médium, olhei ao redor, pensando e perguntando a mim mesmo se ele ou alguém ali me conhecia...

Não, ninguém me conhecia...

Eu trabalhava em uma empresa na zona rural, bem distante da cidade onde resido e nenhuma daquelas pessoas me parecia familiar. Além do mais, havia apenas uma semana que havia sido promovido...

Das outras quatro vezes que estive neste terreiro, em três eu obtive apontamentos bastante específicos que me convenceram da realidade do fenômeno. Foi o suficiente para alimentar a minha curiosidade e acender a chama que faria com que nos dois anos seguintes eu buscasse mais informações.

Quando resolvi entrar para a Umbanda, em 2015, novamente tive uma série de provas, que foram desde informações sobre familiares desencarnados que eu mesmo desconhecia à queima de pólvora nas mãos do médium incorporado.

O patrimônio de provas que as entidades voluntariamente me ofereceram (e digo voluntariamente pois, apesar de deseja-las, eu não as pedia) não tiveram apenas por efeito o meu convencimento pessoal, mas o meu despertar e, principalmente, o incentivo ao trabalho mediúnico e de divulgação das verdades espirituais que eu viria a realizar no futuro.

Muita gente da corrente não entendia a razão pela qual as entidades me dedicavam tanto tempo e deferência. Alguns chegavam a me olhar de cara feia, pensando em protecionismo exagerado das entidades e outras tantas suscetibilidades humanas...

O fato, contudo, é que não se tratava de nenhum privilégio... Era, antes, uma preparação!

As entidades reconheciam em mim um potencial maior do que eu mesmo imaginava... Elas estavam, portanto, investindo em mim, sabendo que, no tempo certo, eu haveria de dar frutos e, por isso, me ofereceram tanto quanto puderam, sabendo do quanto eu necessitava.

Após a minha iniciação, as provas continuaram a vir (até mesmo por mim mesmo, como médium), mas não com a mesma frequência de antes. É compreensível: as entidades já haviam me mostrado o caminho, cabia-me agora caminhar por ele!

Trago estas palavras (e lembranças) para dizer a todos que sinceramente estão em busca de provas, que nada será maior incentivo às entidades em lhe provar - sejam quais forem os seus critérios -, do que seu próprio esforço, perseverança e boa-vontade em mostrar-se digno de tudo quanto deseja receber.

E caso obtenha as provas que procura, não as deixe cair no esquecimento, pois se algo aprendi neste caminho, é que normalmente a nossa fé é tão fraca que podemos obter uma tonelada de provas hoje, mas se daqui alguns meses não as obtivermos, acabamos por questionar a certeza que, até ontem, tínhamos...

Leonardo Montes

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